sábado, 4 de junho de 2011

O Início

Participo do grupo de Secretários de Escola, criado em 2004 por alguns secretários com o intuito de se auto auxiliarem, trocar experiências e informações, fazer um intercambio entre os Secretários de Escola das escolas Estaduais de São Paulo.
Neste ano de 2011, iniciou-se na educação um processo onde o Secretário da Educação professor  Herman Jacobus Cornelis Voorwald, se propôs a ouvir os funcionários da Educação estadual,  fazendo-nos acreditar que estava, então, iniciada a política de valorização dos funcionários da educação.
Então todos mobilizados pelo bem geral, arregaçamos as mangas e lá fomos nós tentar extrair tudo o que estava dando certo, o que podia melhorar e principalmente abrir nossas mentes brilhantes com diversas sugestões que começassem a trazer essas melhoras. Não esquecendo também, que à parte, fomos revisando a Lei 888/2000, no intuito de auxiliar a construir um plano de carreira que nos valorizasse.
Plano de carreira encaminhado e apresentação preparada. Pura decepção no momento de apresentar o ppt, o dignissimo Sr Secretário, não pode nos ouvir, precisou sair às pressas para uma reunião...
E a apresentação seguiu, os funcionários tristes e decepcionados, haviam ficado horas aguardando e não tiveram a oportunidade de vê-lo, não ouviram sequer um "Senhores, infelizmente surgiu um imprevisto e preciso me retirar, mas estarei muito bem representado pelo meu secretário adjunto..."
Essa foi uma das decepções, os pobres funcionários não sabiam da divisão plano de carreira e reforma administrativa, e ficaram novamente indignados com minha humilde apresentação, pois não fiz estardalhaço, não gritei que queria % de aumento de salário, de vale coxinha de dignidade.
Apenas expus o que foi solicitado, o que estava dando certo, o que podia melhorar e principalmente as sugestões de melhoria do acesso à PRODESP, a diminuição do retrabalho, etc.
Um belo dia acordo com o anuncio que não haverá mais o cargo de Secretário de Escola, cargo pelo qual perdi noites de sono, nas quais pensava em como economizar para pagar o cursinho que estava fazendo, noites em que passava estudando pilhas de legislações, pois era um cargo que apesar de ensino médio trazia a necessidade de conhecimento em legislação e informática. Cargo pelo qual vi colegas, lutando, assim como eu, e em sua dificuldade contar moedas para pagar o cursinho e que apesar de estar a mais de dez anos exercendo a função em designação, não conseguiu alcançar, visto o nível de dificuldade.
Fiquei mais uma vez indignada e fui dormir, rolei de um lado para o outro a noite toda, me levantei e fui trabalhar...


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